DIABETES MELITOS: Orientações nutricionais


       O diabete melito é uma doença crônica causada pela ausência da secreção do hormônio insulina liberada através das células ß do pâncreas e/ou defeitos na ação e na secreção da insulina, ou seja, incapacidade da insulina exercer adequadamente seus efeitos. Ela é caracterizada pela presença de hiperglicemia crônica no sangue com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídeos, e proteínas.

            Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes,a diabetes é classificada em quatro classes clínicas sendo Diabetes M. tipo 1 (DM1), Diabetes M. tipo 2 (DM2), Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) e outros tipos de DM.
           Enfatizando as principais classes, o DM1 é uma doença autoimune caracterizada pela destruição da célula ß do pâncreas, por um processo de apoptose levando à deficiência absoluta de insulina. Quando as células ß não produzem mais o hormônio insulina, as pessoas com este tipo de doença precisará receber insulina injetável para regular o metabolismo da glicose no sangue. Esta doença acomete principalmente crianças, adolescentes e adultos jovens. O tratamento neste caso deve ser individualizado com uso de insulina, monitoramento da glicose em âmbito domiciliar, plano de alimentação e atividade física. Uma dieta inadequada está associada ao mau controle do DM1.
          O DM2 é considerado um dos principais problemas de saúde pública no mundo atual. Causada por redução da sensibilidade dos tecidos alvos (músculos, fígado e tecido adiposo) ao efeito metabólico da insulina e por deficiência na secreção de insulina. Esta doença acomete mais em adultos e idosos e em relação ao tratamento é parecido com os DM1, EXCETO que não precisam de insulina injetável, mas em compensação é necessário o uso de hipoglicemiantes orais para controlar a hiperglicemia no sangue, além da pratica de exercícios físicos e dieta controlada.
       O que podemos ressaltar é que o exercício físico moderado, não requer grande quantidade de insulina para auxiliar a entrada de glicose no músculo da célula, pois durante o exercício as fibras musculares promovem contrações, tornando-se permeáveis à glicose, mesmo na ausência de insulina. 

           Em relação a alimentação para os diabéticos devemos seguir as seguintes dicas:


                                                 DICAS NUTRICIONAIS


Ø  Coma devagar e mastigue bem os alimentos e se alimente em um ambiente tranquilo;
Ø  Faça seis refeições ao dia, sendo o menor volume e maior frequência, ou seja, você evitará ter episódios de hipoglicemia ou hiperglicemia. Não fique mais de 3 horas sem se alimentar;
Ø  Prefira carnes magras, frango sem pele, peixes (cozidos, grelhados ou no forno), soja, ovos cozidos e frios light (peito de peru, chester). Evite carnes vermelhas com gordura visível e embutidos (salame, presunto, mortadela, linguiça, salsicha);
Ø  Prefira leite e derivados desnatados, leite de soja, queijo minas, ricota e coalho. Evite leite e derivados integrais, queijos gordurosos como os do tipo manteiga, prato, mussarela, parmesão e catupiry;
Ø  Prefira óleos vegetais (canola, soja, girassol, azeite de oliva). Evite margarina e manteiga;
Ø  Prefira alimentos integrais (arroz, pães, biscoitos). Evite doces, açúcar, mel, rapadura, refrigerantes, caldo de cana, bolos, biscoitos recheados e sorvetes;
Ø  Aumente o consumo de frutas e hortaliças, sendo pelo menos 5 porções por dia de cada grupo;
Ø  Beba pelo menos 2 litros de água por dia;   
Ø  Evite sal de cozinha em excesso;
Ø  Prefira o adoçante natural e não calórico;
Ø  Fique atento aos rótulos de alimentos Diet e Light, atentando para o teor dos nutrientes;
Ø  Procure sempre monitorar a pressão arterial e a glicemia;
Ø  Tome o medicamento corretamente;
Ø  Pratique atividade física.
O tratamento tem por finalidade reduzir o índice de complicações crônicas que pode desencadear em longo prazo, caso não esteja controlada a glicemia sanguínea. Evita as descompensações da glicemia e promove alivio dos sintomas.
 Portanto o tratamento medicamentoso, dietético e a pratica de exercícios físicos proporcionarão o melhor controle glicêmico e consequentemente um estilo de vida saudável a estes pacientes.

                                           LUANNA RÊGO - Nutricionista
                                                                 CRN 9467



     

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